Quem sou eu

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou um simples pescador/ pesco sonhos nos mares da alma/ sonhos esquizofrênicos e psicodélicos/ transmutados em realidades desejadas/ à minha imagem e semelhança

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Amor e Ódio



Poema do adeus

Braços, pernas, línguas e corpos.
Não se cruzaram, não se tocaram, não se fundiram.
Já se esqueceram, não conheceram a volúpia e o orgasmo.
E o “não era pra ser”, não serve de consolo
Para alguém saturado dos “não era pra ser”.

Acho que é o deus ex-machina com seu dedo
Mexendo nas peças deste meu destino
Retira o que é bom, exclui o prazer,
Põe a mesmice e o tédio nos dias.

E agora meu bem?! O que devo dizer?!
Suplicar outra chance? Jurar lealdade?
Ou simplesmente emitir os lugares-comuns
Que ferem minh’alma só de pensar em dizer

Não, nada disso mudaria o destino
Tampouco a vontade do deus ex-machina
Que mexe nas peças e muda o destino
E transforma minh’alma na mesmice da vida,

Devo, agora, fazer o que todos fariam.
Enxugar minhas lágrimas, arrumar o cabelo
Dizer logo adeus, dar-lhe um beijo no rosto
E fingir que não vou chorar, morrer, mas convalescer.
B. de Sales

Nenhum comentário:

Postar um comentário