
Escandalizando
Ópera de tênis e jaqueta jeans,
Formatura de sandália de dedo,
Primeira classe sem classe.
Um subversivo dos convencionalismos.
Espólio perdido
Não busco felicidade:
Apartamento sofisticado,
Profissão de prestígio
Mulher bonita emancipada.
Não sei também se os filhos virão,
Provavelmente não!
Sem um óvulo é impossível
Meus espermatozóides que o digam.
Nada disso é importante..
Só quero que tratem bem
De meu espólio perdido
Que deixarei por aí
Em papéis ordinários
Para que a posteridade conheça
O revoltado que fui.
Aos que me lêem
Não me venham perguntar porque escrevo assim.
Não escrevo pra vocês, é pra mim é o que sinto,
Não lhes devo explicação dos infortúnios de meus versos.
Nem eu sei de verdade se sou eu ou os outros que sentem.
Não me venham criticar por não me prender a fórmulas,
Sou surrealista isso eu sei e com orgulho não minto.
Não me queiram entender por teorias eugorítmicas,
Não há rimas nos meus versos para causar asco aos que são clássicos.
Não me queiram conhecer através destes versos esparsos,
Sinto muito informá-los não sou eu que os escrevo,
São os outros que me perseguem num balé esquizofrênico,
Sou apenas um mensageiro do subsolo mórbido da alma.
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